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sexta-feira, 4 de junho de 2010

O BAR


E foi nesse dia, que ela entrou no bar e olhando a sua volta encontrou Roberto, mas como ela sabia o nome dele? Pelo simples fato dele ainda estar com o cartão de identificação do banco, o bar estava apinhado como sempre, adolescentes rebeldes querendo ter sua primeira ou segunda experiência sexual, o som da música alta, os cheiros! Cheiro de cigarro, drogas, bebidas, sentou-se numa mesa distante dos olhares, não era bonita não era nem feia era uma mulher comum.


Viu-se de encontro com o olhar do Roberto, careca, não muito alto meio gordinho mais como ela própria dizia simpatia!

Deixou-se envolver pelo som das batidas da música, tomando seu vinho recolhida em seus próprios pensamentos, e Roberto olhava para ela e pensou consigo “ela era linda, deveria ser inteligente, mas não daria bola para mim preferia meninões que só ficam.”


Mas mesmo tento esse pensamento ele não resistiu, e foi se juntar a ela. Sorriram, ficaram sorrindo ate a boca começar a doer.

Aí vem o mesmo de sempre imaginou ela, conversas banais, ‘oi tudo bem? Vem sempre aqui? Aé mesmo eu moro ali perto! Nossa que nome lindo, ta afim de um último drink? Ele apenas se limitou a dizer

- O que você faz aqui?

Com a surpresa da pergunta ela retorna de sua meditação e diz:

- O que todo mundo faz, preenchendo a solidão.

- Mas por quê? Indagou, ele.

- Por que. Ela começou a pensa antes de dar a resposta e falou aquilo que estava em sua garganta – Por que temos que vir ao um bar dançar um pouco beber um monte para espantar nossa solidão e dividi-las com um estranho que talvez vai te beijar, e no máximo que ele vai fazer é lhe dizer o nome e adeus.



Ele olhando-a séria começou a rir, riu ate as lágrimas se espalharem e suas risadas começavam a ecoar pelo bar, e as pessoas começarem a olhar ele de cima em baixo ele disse: - Você tem toda razão. Mas sabe qual é o pior? Toda mulher acha que vai achar seu marido perfeito num bar! Ta ouvindo bem? NUM BAR! Ele começou a rir mais ainda.

Ela meio atordoada, começou a explicar.

- O que tem? Poderia encontrar uma pessoa especial, numa esquina numa praia, num mercado... Em vários lugares.

- E num bar. Disse ele ironicamente.

- Olha quer saber? Pelo menos eu não sou uma abestalhada que entra num bar com o cartão do banco? Ta me ouvindo? Levantando-se caminhando para a porta do bar.

Ainda poderia ver o Roberto correndo atrás dela, mas ela ignorou como ela fez sempre em sua vida. Limitou-se a baixar a cabeça andar ate o ponto de taxi mais próximo. Pegou um e dirigiu-se para seu pequeno apartamento. Chegando nele começou a escrever.

“No nosso mundo real não existe encontro perfeitos, pessoas perfeitas, não vamos encontrar nosso amor, num bar, numa boate ou num universo cheio de sons bebidas e drogas. No mundo real você encontra pessoas normais com problemas normais, pessoas que não são bonitas como passam na TV eu com meus trinta anos deveria me conformar com isso. E para de tentar achar alguém perfeito, tentar ser quem eu não sou. ’’ Depois de escrever isso a companhia toca, ela corre para o olho mágico e percebeu que era Roberto. Ele teria seguido ela? Iria ignorar? Não, não ignorou e depois dela abrir a porta para ele depois de horas e horas onde eu me limito a descrevê-las ela pega a folha onde tinha escrito aquilo tudo e rabisca e escreve embaixo em letras grandes. “ NO MUNDO REAL A GENTE ENCONTRA PESSOAS DIFERENTES EM BARES.’’ Depois desse dia suas vidas jamais foram as mesmas.

Por Camila Michele .